O governo decidiu nesta sexta-feira ligar usinas termelétricas mais caras. Além disso, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) "deve considerar a oferta de importação de energia do Uruguai e Argentina como recurso adicional", informou o Ministério de Minas e Energia.
As medidas foram tomadas para preservar o nível de água nos reservatórios das hidrelétricas, após a diminuição das chuvas nas últimas semanas nas regiões próximas às usinas.
O custo mais alto das térmicas deve chegar para os consumidores nas contas de luz em março, por meio das bandeiras tarifárias. Atualmente verde, a bandeira pode ir para o patamar de amarelo ou vermelho, a depender da quantidade de usinas acionadas.
O presidente da Tradener, Walfrido Avila, ressalta que, com a abertura integral do mercado livre, os consumidores não sentiriam os impactos dos reajustes em suas contas de energia. “No mercado livre o consumidor pode escolher prazos, preços, volume, condições de negociação, com a tranquilidade de estar assegurado por um contrato, o que não acontece no mercado cativo”, explica Walfrido Avila.
Na opinião da Tradener, o amplo acesso ao mercado livre beneficiaria a todos os consumidores. “Acreditamos que todos têm a ganhar: as comercializadoras, as distribuidoras e, principalmente, os consumidores, que terão a liberdade de escolher seu fornecedor de energia. Essa medida, além de reduzir custos, fortalecer e aliviar o sistema de distribuição, também torna consumidores industriais, comerciais, residenciais, e de demais setores mais competitivos, como ocorre com os que estão inseridos no ambiente livre”, afirma Walfrido Avila.